sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Severus Snape

Arriscaria dizer que nunca fora feliz. Não de verdade. Uma pessoa triste com momentos alegres, talvez. Mas não feliz.
Nascera num bairro um tanto quanto pobre numa cidade trouxa aos arredores de Londres. Buscava atenção, uma vez que não encontrara interesse ou cuidado na família bruxa em que nascera. Abandono. Até que surge Lily, pequena e encantadora no alto dos seus sete, oito anos de idade. Explicou a ela sobre as magias que também podia fazer, uma vez que sua família não era bruxa como a dele; era apenas vizinha da sua. Aquela menina parecia gostar dele, e o sonserino gostava dela por isso.
Separados em Hogwarts ao serem postos em Casas praticamente rivais, porém não deixando a amizade morrer, ele ao menos tinha um lar de verdade agora. Aquele castelo parecia um lar, não faltava nada: comida, cama, beleza, jovens, conhecimento, magia, grandeza. Mas sobrava algo. Havia algo que dispensaria: James Potter e seus amigos. Não só pelo bulling que sofrera, é claro. Mas principalmente porque Lily Evans se tornara Lily Potter.
Snape não compreendia, certamente. Potter? Como ela pôde...? No entanto, conhecer a arte das trevas como tantos outros alunos da Sonserina o aproximou de Voldemort e colocou-o para lutar ao lado dele antes mesmo que pudesse se dar conta. Agora havia uma tatuagem a fogo em seu braço: uma cobra saindo de um rosto maldito, provando sua fidelidade. Ao menos na teoria. É claro que sua mente clareou quando ele soube da profecia. Matar o filho de Lily Potter, era o que Voldemort queria e jurara fazer. Matar Lily também, se precisar, ele não ligava. Um a mais, um a menos... tanto fazia. Quem poderia ajudar? Ajudar o único amor da vida de Snape, ajudar a criança que ela amava... não alguém dos muitos que o rodeavam, certamente. Ninguém ali ligaria para a vida daquela mulher, ninguém ali entenderia.
No entanto, não a deixaria morrer.
Voltou à escola, não como aluno, é claro. Aquele castelo agora era território inimigo, mas ele não estava com medo quando entrou pelas portas e procurou o velho barbudo e bondoso, de passado misterioso, com o qual sabia que poderia talvez encontrar algum tipo de esperança, alguém que atendesse seu desejo... Dumbledore ponderou, hesitou, e por fim, acreditou nas lágrimas do homem pálido de nariz curvo que lhe implorava. Snape seria um agente duplo, então, para não levantar suspeitas e comprometer também a própria vida.
Outra prova de coragem e cavalheirismo, talvez pudesse ter dado certo também na Grifinória, afinal.
Lily morreu, sacrificou-se pela vida do filho de James Potter. Snape falhara, e não tinha mais pelo o que lutar. O que deixa muito óbvio que não fora egoísta ao continuar do lado certo para proteger o filho do homem pelo qual alimentava uma profunda antipatia. Sonserino?... A tentativa frustrada do assassinato de Harry Potter derrubou Voldemort, alguns até chegaram a dizer que havia morrido, mas não acho, de qualquer forma, que Snape teria voltado atrás em sua decisão, não voltaria a ser leal à parte errada da história, mesmo se o Lorde tivesse permanecido no poder.
Harry, ele viu dez anos depois, tinha os olhos iguais aos da mãe. Na cor, no formato. Foi a última coisa que ele quis ver em vida.
Se afeiçoar ao menino lhe causava conflitos internos diários, já que era tão parecido com os pais que não deixava Snape se esquecer nenhum segundo da dor que fora para si perder Lily e nem com quem ela decidira ser feliz, com quem morrera.
Ser um agente duplo lhe exigia mais coragem ainda, cravar votos perpétuos para não levantar suspeitas, também. Proteger o filho de um comensal da morte, quando a missão que recebera de seu lorde era justamente matar Dumbledore... missão essa que ele próprio teria de completar, caso o jovem e frágil Draco não fosse frio o suficiente...
Planos e mais planos. A vida de Dumbledore já não seria longa, de qualquer modo. Havia uma saída.
Mortes, perdas, perigos, noites com certeza mal dormidas... qual seria sua recompensa, no fim? Alguém conseguia encontrar alguma? Provavelmente não. E não houve, de fato.
Apenas os olhos de Lily o olhando quando morrera. Não propriamente os dela, mas herdados com tanta perfeição que parecia não haver diferença nenhuma.
Nunca fora feliz.
E mereceu tanto, mas tanto...

Meu personagem preferido, estou contigo e não largo. Eu te amo, Severus Snape, caso alguém nunca tenha-lhe dito isso...

domingo, 29 de novembro de 2009

Retrospectiva 2009

Eu sei que o ano ainda não acabou. Mas só falta um mês, e, mesmo que eu ache que muita coisa importante vai acontecer em dezembro, eu provavelmente não vou querer postá-las aqui por motivos pessoais. q
De qualquer modo, esse ano foi memorável de janeiro a novembro, de modo que se tornou meu preferido e, por isso, vou postá-lo aqui em humildes palavras.

Janeiro - Começou na praia, em Vila Velha com três dos primos que eu mais gosto no mundo. João Marcelo, o gringo, gato e gostoso, a Eliza, minha companheira, amiga, e parceira e o Tom, o gigante, nerd e piadista. A gente estava assistindo a primeira temporada de Chuck pouco antes de ir pra areia ver os fogos; foi bem legal. Além do que, eu já estava na contagem regressiva para o meu show do Simple Plan no Rio de Janeiro. E altas conversas madrugada adentro com o meu então melhor amigo Túlio Spósito sobre sua viagem para Ilhéus e os sucos de camarão que ele andou provando. No final do mês (dia 24, para ser mais exata) fomos a BH comprar ingressos para meu SEGUNDO show do Simple Plan, que haviam marcado mais tarde. Ana Cláudia, Bárbara, Natty e Eliza iriam comigo <3!,>

Fevereiro - As aulas começaram com dez alunos novatos, minha turma era imensa! Uma ou duas semanas depois, já tinha folga para o carnaval, e eu simplesmente fui para uma mansão no meio do nada, com direito a piscina, rede e vistas maravilhosas junto aos meus queridos gêmeos Thales e Túlio (Almeida) e seu irmão não tão mais novo assim, Thomaz. :B
Conheci a simpática Carol, claro, de quem sinto saudades. Ainda bem que fugi de toda aquela gente suada/desfiles na televisão/bagunça na cidade.


Março - Ah, março! Acho que nem preciso dizer. Meus dias nas escola passavam como um borrão enquanto eu sonhava acordada a todo minuto com o momento em que veria minhas amigas e meus meninos, finalmente ao vivo. Eu abria a gaveta, todo dia, para ver como andavam meus ingressos de BH - se estavam são e salvos. Aaaaaaí né, no dia 23 eu quebrei meu perfume preferido, mas eu não liguei porque, no dia seguinte, eu estaria indo para o Rio. Meu vôo foi cancelado, e o que nos puseram, atrasou, mas tudo superável. Tinha Simple Plan na revista do avião, e eu quase arranquei a páginas - mas me contive. Chegando no aeroporto, a Ana Cardoso me ligou antes que eu pudesse sair na sala de embarque. Ela começou a me dizer coisas como ''Ai, amiga, ai, amiga, ai amiga!'' e coisas do tipo, e eu fui ficando a cada segundo mais nervosa/ansiosa. Daí, quando saí para o saguão, lá estavam Ana, Tonks e Amanda: pulando e segurando um cartaz rosa choque (que tenho até hoje) gigante, escrito: 'Maria Clarimpira Chico Bento Emo Zandorinha da Silvassauro'. E tinha também uma menininha, um coração, uma estrelinha, um 'HB' e uma bandeirinha do Canadá desenhados. Achei muito, muito digno, e aí fui esmagar as três e a gente foi comer alguma coisa. No restaurante eu quase quebrei o prato, todo mundo olhou para mim, mas a gente supera. Eu me apaixonei pela risada da Tonks e queria gravar para colocar no toque do meu celular.
Quando voltamos para o hotel, o Simple Plan tava na TV, o Pierre dançando um negócio muito Mamonas, e meu pai o chamou de retardado. Eu comecei a tremer muito, e meus olhos meio que lacrimejaram. Achei que não dormiria nada naquela noite, mas meu sono foi bem pesado.
Oito da manhã, eu fui me encontrar com a Amanda para os clichês: Cristo Redentor (onde caí duas vezes na escada, esqueci de levar a máquina fotográfica, ri de uma mulher falando japonês antes de ela se virar para mim e falar em português e vi o avião supostamente do Simple Plan, pousando no aeroporto) e no bondinho (onde um indiano quis conversar comigo em Italiano (neguei com a cabeça), Francês (neguei com a cabeça), Espanhol (neguei com a cabeça) e Inglês (ele desistiu).
Voltamos para o hotel para encontrar com as outras duas, e fomos a praia - beber refri, tirar fotos e pegar a areia do Túlio. Como a gente esqueceu da areia do Túlio, as meninas escreveram o nome dele numa folha de papel (que ele tem até hoje) com uma caneta marcatexto e um acento no U que mais parece um laço.
E então, o show. Achei que fosse desmaiar enquanto esperava, sério. A gente viu o Bruno do Simple Plan Brazil, e vimos as fãs dando pala lá dentro, umas com baquetas do Chuck, outras com palhetas, outras olhando fotos recém-tiradas na máquina digital. A fila fora do shopping estava imensa, e eu estava com medo de a mulherzinha ver minha máquina dentro da bolsa quando me revistasse. Ela não viu, que bom. A gente sentou em nossas poltronas, e eu vi o Frenchie no palco, e gritei feito uma idiota, assustando a mulher simpática que tinha ido nos mostrar nossos lugares. Teve show do Hóri (e rimos do Fiuk antes mesmo de ele se tornar o protagonista de malhação) e eu e a Amanda fomos as únicas a cantar ''A paz'' (ou, como ela diz, a paixxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx). Caí (literalmente) quando o Pierre apontou para nós por um breve segundo, liguei para minhas amadas Ana Cláudia e Bárbara, só para deixá-las nervosas para o dia seguinte e... achei que o show terminou cedo demais. Tinha um gatinho do lado de fora no shopping quando saímos, um filhote, e a Tonks o derrubou. Pobre gatinho.
No dia seguinte, enquanto esperava no aeroporto, liguei pras meninas de novo e então nos falamos por cerca de uma hora. No avião, o aeromoço (esqueci o nome disso no masculino; alguma coisa de bordo) viu minha camiseta do Simple Plan e perguntou se eu fui no show. Eu disse que sim, e bá, e descobri que ele era um dos organizadores. Nice. Ele era lindo, do tipo louro dos olhos azuis, e me desejou um bom show em Belo Horizonte - onde ele nem ficaria para assistir. Obrigada, eu disse a ele.
Ficamos na fila por cerca de nove horas, nos encontramos todos e pouco antes do melhor show da minha vida, eu finalmente, finalmente, FINALMENTE falei com/toquei/ouvi de perto o meu Pierre. Meu Pierre Bouvier; aquele que, eu tinha certeza, amava muito mais que a minha própria vida. Meu ídolo, meu exemplo, meu... alfa. A mão dele era tão macia, tão quente! E a voz, tão de perto, quase um murmúrio. Lindo, lindo! Tal como o Chuck, meu orgulho, meu irmão, meu mais amado baterista e loser e... ah, cara. Tudo, toda a minha espera, naquele momento, tinha valido à pena. Também vi, mais rapidamente, Jeff e Patrick naquele momento. E então, O SHOW DE BELO HORIZONTE. Quando Frenchie me mostrou língua, e o cara da caipirinha me ofereceu um pouco porque estávamos tão perto do palco (mas não nos deixou pegar) e o David estourando bolinhas de chiclete de turi fruti toda hora na nossa cara, e momentos HB, e a calcinha do Jeff, e Sebastien autista muito, muito do meu lado. E... é.
A depressão pós show começou MUITO forte já no dia 27, e durou MUITO tempo, mas eu superei :) Agora eu já falo disso/vejo as fotos sem nó algum na garganta.

Abril - Abril foi ruim, ok. :) Então vamos pular. Dica: eu tinha vontade de morrer nos ensaios da quadrilha rs.
Maio - O legal é que, no meio da festa do Túlio Spósito, a mãe dele chega, dá um super grito: QUEM É MARIA CLARA?
As pessoas super falavam que a gente tavam namorando, mas eu duvidava até que a gente ainda era amigo, por isso que fiquei com vergonha e - segundo o aniversariante - vermelha. Nice. Depois disso, só pra completar, quebraram ovos na cabeça dele e ele conseguiu me abraçar e me sujar, também. Tudo bem.

Junho - Lembro que tava muuuuuuuuuito frio! E eu a-d-o-r-o frio. E começou aquela coisa da gripe suína, e okay.

Julho - Férias! Eu quase morri dançando quadrilha, quase morri mesmo. Asma me pegou desprevinida, foi horrendo. Mas sou forte e aguentei q.
E então, chegou dia 24. Tatiana, Natty, Matheus, Daniel, Augusto, e, principalmente, Eliza, Raís e Tati. Um dia inteiro, mas inteiro MESMO com a Fresno. Se imagine na porta de um hotel, sentada na calçada sem esperar que nada demais acontecesse e, quando você olha pra trás, dá de cara com o Tavares te pedindo informação. E você, super simpática, o informa e então... ele te chama para mostrar o caminho. Foi muito, muito engraçado andar pela rua com ele, fazendo gestos de histeria muda por suas costas e disfarçar com um sorriso simpático quando ele olhava. E então eu comecei a implicar com ele por causa do cigarro, e ele comigo porque eu queria um wayfarer. Ele dizia que estava fora de moda, e que compraria um óculos desse lá em São Paulo por cinco reais. E eu lhe disse que pois compraria um e o batizaria de ''Esteban''. Ele riu, riu também quando minha mãe ligou e deu um ataque no telefone de ''AH, TAVINHO LINDO, MANDA UM BEEEEEIJO PRA ELE''. Eu não mandei - ele já tinha ouvido.A noite, então, fomos para casa tomar um banho, trocar de roupa (e esperamos Tati ir nos buscar, na rua. Raís acreditou que o holofote no céu - que vinha lá da praça - era um disco voador). Fomos novamente para o hotel, desta vez ficamos do lado de dentro. O segurança ignorante gritou comigo, e o Tavares apontou para mim e riu feito um idiota, e então lhe mostrei língua e disse que o odiava. Grande mentira, e acho que ele percebeu. Quando falei com eles novamente, revi o Vavo, a coisa mais simpática desse mundo, com aqueles olhos azuis e o sorrisinho simpático, o coração batendo em sincronia com o meu... Raís e Tati: Vavo, você sabe cantar furfles feelings? - Vavo: Quê? Não... I gotta know, I gotta flow, work it oo-oout. - Começamos a dançar com ele; éramos quatro elegantes na pista de dança, e quando olhei pra cara das outras meninas TOSCAS que estavam lá, eu quis fotografar o momento para minha vida. Autógrafos, mais fotos. Pedi um abraço para o Bell (que sentado no sofá, era mais alto que eu, de pé). Achei que ele fosse rir da minha cara; e de fato sorriu; mas um jeito incrivelmente carinhoso e, para o meu espanto, se levantou e me abraçou. Foi surpreendente, te contar. E depois, fomos para o show, entramos no camarim. O Tavares não me aguentava mais, HAHAHAHAHHAAAHA. O Lucas finalmente estava lá. Disse que sentia prazer em nos conhecer, e quis saber se estávamos bem. Melhor, impossível. Vi o Túlio pouco antes do show começar, por breves segundos, e... é. Depois, o show mais bonito do mundo. Raís chorando TANTO ao meu lado (mesmo de ter ficado com eles o dia inteiro), quase desitratando, que meus olhos mal conseguiram ficar secos, também. Lucas nos agradeceu especialmente.

Agosto - Uma das minhas cariocas veio pra cá. Ana Cardoso. Saí para buscá-la no aeroporto quando ainda nem tinha amanhecido, rs. Foi bem legal, mesmo ela tendo passado mal na viagem. A gente visitou todos os lugares bonitinhos aqui perto, ela gritava ''BICHO'' toda vez que uma folha de árvore encostava no braço dela. Ela e minha prima de dois anos tiraram altas fotos sedutoras com óculos escuros, nos empanturramos de pão de queijo, acordamos todos os dias na hora do almoço, ela fez amizade com o Cash hiperativo, convenceu o Túlio a dar pra ela a baqueta do Bell que ele tinha pegado no show, e... todo o resto. Despedidas foram tristes :(
E, er, então o Túlio me fez pensar em coisas que eu tinha me obrigado a não pensar mais :B Whatever.

Setembro - Okaaaaay, foda-se, Túlio não era mais só meu amiguinho rs. Eu ouvi, todos os dias desse mês, ''A lonely september''. Uma tradição desde 2007.

Outubro - Tive a melhor festa de aniversário que alguém um dia já teve. De verdade, quase chorei quando vi o vídeo que me fizeram, e todos os meus melhores amigos do mundo aqui comigo, numa festa de quinze anos muito pouco tradicional, sem nada demais. Mas eu nunca rira tanto na minha vida e... ah, eles <3
Filmei o show dos mamonas na escolas, e aí as menininhas da quarta série se apaixonaram pelo Túlio Spósito. Que legal.
Eu tinha namorado agora, hm.

Novembro - Outro show da Fresno, desta vez, VIP, fechado, acústico, para poucas pessoas e junto com o Hevo84. Não sei explicar o que senti quando eles cantaram ''Quando Crescer''. Entramos no camarim de novo, Natty e eu, mas no momento em que íamos falar com eles (estávamos esperando as outras meninas sairem de perto deles), a moça da MixFm nos expulsou de lá. Eu achei muito, muito indigno, mas tudo certo. A gente superaria. Então, no dia 7, meu namorado era o formando mais bonito da formatura, que digno. Nem me lembro do resto da festa, juro. Só que meu cunhado seduziu geral.
Um calor infernal começou a tomar conta do país, e aí começou a chover por isso, e eu fui cantar november rain; meu sonho q.
E ontem, teve a festa de Ana Cláudia. De novo, não vi muita coisa. Culpem o formando mais bonito que era também o convidado mais bonito :)

Cabou. Talvez eu faça uma retrospectiva do mês que vem, quem sabe. Mas lhes pouparei de algumas coisas :*

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Renato Russo - O Filho da Revolução.

To lendo essa biografia do Renatão. É muito boa (a não ser pela parte dos diálogos - que são péssimos - e de quando o autor se empolga com a história do Brasil/mundo e esquece sobre o que é o livro). Renato Manfredini Júnior e eu temos (tínhamos ;/) um jeito muito parecido de pensar. Quase igual. Somos chatos nas mesmas coisas, teimosos, perfeccionistas e, se eu soubesse compor/escrever/cantar/tocar como ele, poderíamos até ser almas gêmeas. Não no sentido sexual da palavra, já que não vivemos na mesma época e, de todo modo, ele era gay.
Mas de todo jeito, é ouvindo Legião Urbana que eu posto pra vocês, nesse momento, a página 58 do livro. A minha preferida, até agora.

' Daisy Hawkins
Looking through the stained-glass window
Waiting for the rain to come
While she makes the bishop's tea
Lonely mother without a son
Daisy hears the bishop's call
In quiet steps goes to the door
The bishop's smile reveals the sadness
Her son has died in war
She pours the tea into the cup
Hoping the old man will say more
About her son, about his death,
January 1st, 1944.
''At last a word'', thinks to herself
When the bishop sighs in awe
In desbelief he picks up the cup
That has fallen to the floor
''Not a broken peace'', he says
And lonely Daisy Hawkins cries
''About my son not a word you have said''
The tears run from her light-blue eyes
The bishop answers, ''What can I say?
He was your son, not mine.
I didn't even know his age.''
''Eighteen.'' ''Too young to die.''
''Is that all you say about my son?''
Asks Daisy as she drinks her tea
''I ask again, what can I say
He was unkown to me.''
The bishop bites his chocolate biscuit
And once again expresses his sorrow
''Today is January 6th, my dear
Seventh day prayers will be tomorrow.''
Time is up, he must go now.
In quiet steps goes to the door
While Daisy Hawkins stares into space
Remembering her son's fate in war
The bishop stands out in the garden
He bids farewell and is soon gone
Daisy stands beside the fireplace
And suddenly remembers a nursery-rhyme song
She looks again through the stained-glass window
Her son has gone,
The rain has come
''Tomorrow shall be another day'', she thinks
And feels the first rays of the after-rain sun.

Fevereiro 16, 1976.
R.M.J.R.

This, my friend, is a peace of... fill at your own rise.''


É isso. E é lindo, triste, uma das coisas mais tocantes que eu já li.
Renatão <3



sábado, 1 de agosto de 2009

Untitled

É fato que, nos últimos dias, ando preocupada com o que tenho sentido pelo Simple Plan. É possível que suma, de repente, tanta admiração assim, de uma só vez? É possível mesmo que eu esteja conseguindo simplesmente esquecê-los, depois de tanto tempo tentando? Não é como se eu odiasse o que eles são pra mim. Não, nunca vi esse amor dessa forma. Mas sempre achei que precisava diminuir um pouco a dose da droga, se é que me entendem. Era o que sempre me diziam, também.
Mas eu não queria que fosse por esse motivo. Não queria que eu começasse a deixá-los de lado pelo simples fato de que eles também parecem não dar a mínima. Sinto como se eles tivessem amadurecido demais, mas de um jeito errado. Será que é tão difícil crescer responsavelmente (q)?! Quero dizer, eles podiam parar de beber, jogar wii e poker pelo menos por um segundo, só para fazer o trabalho deles. Que fazem bem feito, claro, mas minha paciência já ta no fim! Está exatamente igual à 2007 - o ano inteiro sem NADA inédito e, de quebra, acontecimentos gigantes na vida pessoal de cada um. Direito seus, claro, mas pelo amor de Deus.
Esse negócio de ficar pedindo desculpa pela demora já não ta colando mais. E essa falta de notícia.
Me angustia! Ao menos, antes, eu podia vê-los quase diariamente.
ONDE ESTÃO OS VLOGS? BLOGS, AO MENOS? TWITTS? Cansei de só Sebastien, sério. Além do quê, metade das vezes que ele posta, ele ta bêbado.

Sabe quando você se distancia de alguém que você gosta, por fatalidade, e fica muito mais difícil encontrar aquele amor absurdo que você sentia por ela, antes? Sabe quando você chega até a se sentir culpado por não sentir falta dela?
É como eu me sinto em relação à vocês, meus meninos. E não, não estou gostando disso nem um pouco, ao contrário do que eu pensei que aconteceria. Espero que não dure muito, de verdade. Espero que vocês possam ser a luz que sempre foram pra mim, de novo. E rápido.
Eu os amo demais, demais, demais. Mas estou cansada de só esperar. Sério, muito cansada.
Morrendo sem notícias suas, meu Bouvier.


Ps: Acho que foi um desabafo. Não vou reler, desconsierem os erros. Aliás, desconsiderem tudo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Love is a force of nature

O negócio é que hoje foi o dia de ver filmes sobre amor. O primeiro, Romance - com o Wagner *-* - tem um final feliz, mas pouco clichê - né, ainda bem - e o segundo, o meu preferido entre todos os outros filmes do mundo, Brokeback Mountain - com Heath e Jake *-* - tem um final triste. Spoleirs abaixo, dica.
Claro, muito mais triste que deveria ser. Tipo que na primeira vez que vi, eu fiquei umas três semanas xingando o Ennis. Mas, pensando bem... tadinho. O cara é criado pelos irmãos depois que os pais os abandonam - no conto, porque no filme ele diz que eles morreram, mas ok -; daí a irmã se casa e depois o irmão, então ' no more room for Ennis.' Daí, beleza, ele vai trabalhar numa montanha no meio do nada - sei que as filmagens foram feitas no Canadá, beijos - e se apaixona por... tchan tchan tchaaaan... um homem! Aê aê, que beleza! Lógico que ele se lembra que o pai matou um cara só porque era gay e fez questão de mostrar o corpo para os filhos pequenos :) M
as, mesmo assim, ele continua se encontrando com Jack *-* e até matando trabalho pra isso, o que o deixa ainda mais pobre e pans.
Daí o cara é todo fechado, fala uma palavra por dia, todo desastrado e estressadinho. Sai na porrada sempre que não sabe o que fazer com as palavras.
Ou seja, um tremendo idiota cegado pelos traumas da vida e pela homofobia ridícula do pai. Daí, pô...
O Jake já é todo bicha louca, então no problems for him. Ele consegue aceitar essa coisa toda mais fácil, por isso demonstra mais. Fala umas coisas tão lindas e o Ennis só fica olhando, calado. Mas é que ele não consegue, entende? Ele não consegue dizer pro Jack o que ele quer, o que ele tem vontade. E é por isso que eu morro de dó dele, no fim. O remorço que esse cara deve ter sentido não é brincadeira não, viu...
Quando ele percebe que é o fim, que a vida dele não tem mais porra de sentido algum, dude... tadinho. Daí é fácil ler tudo que estava na mente dele, porque a dor fica tipo estampadinha nos olhos. Quando a filha da puta assassina da ex-mulher do Jack fala:
- Brokeback Mountain. Jack queria que as cinzas dele fossem espalhadas lá. Ele dizia que era o seu lugar preferido...
Ou então quando o Sr. Twist Chato resmunga:
- Ele tinha a idéia ridícula que traria você pra cá, algum dia. Dizia que iriam morar juntos no chalé e dar um jeito nesse rancho.
Aí o Ennis dá aquele sorrisinho mó triste de ' OMG, awn! :( ' e e e e... quando ele encontra a blusa por baixo da jaqueta do Jack... no fundo do closet, ainda suja de sangue... deve ter dado mó flashback de:
- Droga, não acredito que esqueci minha camisa lá em cima...
J: Oh yeah? *cara de: vou fingir que não fui eu que catei pra mim*
Eu chorei. Desabei. Sério. Não só do Ennis, não só do Jack; dos dois. Do que exisitia entre eles, do amor, sabe? Daqueles que nem Romeu e Julieta - por mais que o final também seja trágico - supera. Até porque, cá entre nós, eu me sentiria meio culpada se fosse o Ennis. Eu ficaria pensando: Shit! Ele me chamou para ir com ele, eu poderia salvá-lo ou pelo menos estar lá com ele quando o mataram! Sei lá, ele morreu achando que eu não queria largar tudo e viver com ele! :( '
Mas enfim.
Isso deve ter soado completamente incoerente, mas é que... eu amo tanto Brokeback Mountain. Os dois. choro a morte do Jack e depois eu lembro do Heath e choro em dobro :/
Então, é, eu queria voltar no tempo. Bater na porta da casa do Ennis e gritar pra ele no maior estilo Hiro Nakamura: I came from the future! I came to save your life! - com sotaque japonês e tudo (?). E 'your life' porque Jack was he's life. Então Ennis poderia sair correndo (já que é tào pobre que não pode ir de trem e a caminhonete não ia aguentar até o Texas) e depois de uns três dias ele chegaria lá, gritando tipo: NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! - em câmera lenta - JAAAAAAAAAAAAAAACK FUUUCKING TWIIIST...! - estica a mão pra alcançar o amado. Aí o Ennis ia dar porradão nos capanga da muié igual fez com aqueles dois valentões que não queriam parar de falar palavrão perto das menininha.
Depois, os dois fugiriam para Brokeback, construiriam uma casa gigante com o dinheiro do Twist, Jack ia arranjar um trabalho que presta, os dois seriam milhonários, viriam morar no Rio de Janeiro - já que Jack sempre reclamava que eles só se encontravam no frio - e então.. fim. Felizes para sempre.
Alma Junior, Jenny e Bobby que se fodessem. Azar o deles que ficariam sem pai. Bobby ficaria de qualquer jeito, anyways, e parece que Monroe já dava um jeito no lar das meninas Del Mar. De qualquer forma... ah, bem. Só acho que deveria ter um final feliz.
Porque, sinceramente... me contem uma história de amor mais linda que essa :)


ps: hehe, quê. Post dos inferno.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Happy birthday to you...


Eu me lembro com tanta clareza de doze de fevereiro de 2008, que eu sou capaz de jurar que não se passou um ano. Eu ainda olho para o terceiro album - que eu não gosto de chamar de Simple Plan, porque sempre acham que eu to falando da banda - e penso: olá, CD novo.
Pra mim, as músicas ainda são recém-lançadas, embora eu tenha decorado cada vírgula de cada uma delas. Os clipes de When I'm Gone, Your Love Is A Lie e Save You são bebês ainda; parece que doze meses não é mesmo muita coisa.
Eu tava lembrando do SP TV e dos vlogs diários, tão inúteis e divertidos. Eu e a Amanda chamávamos aquilo de Roleta *-* q
Ano passado eu ainda estava me recuperando da tragédia que foi a passagem deles por aqui, do quaaaanto eu quis explodir a Mix Fm e sair atirando para tudo que é lado. Lágrima é mato nessas horas. E, bem, um ano depois, na mesma data, mesmo parecendo não ter passado muito tempo, a situação é completamente inversa, não é? Eu não estou com raiva, haha. Estou é me preparando para o que com certeza serão os melhores dias da minha vida. 25 e 26 de março, aí vou eu.
Ah, e, claro, eu vi uma coisa ontem que fez meus olhos brilharem mais ainda. O Pat vem! *O* Awn, assim como eu não tinha esperanças sobre o Blink, não tinha sobre o Pat vir também. Mas, caaara, ele vem! Nem acredito. Quero logo outro DVD estilo Big Package. Eles prometeram...
E só mais uma coisa... ontem eu fui naquele cara da pracinha, fazer uma pulseirinha escrita Simple Plan e outra Bouvier, daí ele: ah, vendi uns treco desse pros caras do Sepultura uma vez.
O mundo é mesmo uma ervilha. Sebastien só ouvia Sepultura quando tinha a minha idade, e era quase a única coisa que eles conheciam do Brasil antes de pisar por aqui. Bem, enfim... feliz aniversário, CD. E, meninos, vejo vocês em 41 dias <3

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Blink is back!


Desculpe-me pelo segundo post do dia. Não costumo fazer isso, e nem gosto. Mas as circunstâncias não me deixam outra escolha, além do quê o post anterior deve ser ignorado para o bem da nação.
Bem, o negócio é que o impossível aconteceu: Blink 182 está de volta! Sim, amigos! Depois de quase quatro anos, Tom, Mark e Travis resolveram jogar as desavenças pelo ar e finalmente entenderam que Blink é a melhor coisa que poderiam fazer da vida deles. Vou confessar que não tinha mais esperanças nenhuma de que eles fizessem reviver a banda. I mean, não que eu tivesse sido grande fã e tal antes de dois mil e cinco, e nem que eu seja agora, mas cara... Blink. Eu sempre gostei. Todo mundo sempre gostou, nem que fosse só um pouco e...
O acidente do Travis. Não, vocês não entendem o quanto eu me desesperei quando me disseram que ele tinha morrido assim como a maioria que estava no avião. Não. Claro que o Travis não tinha morrido. Pessoas como ele não devem morrer, ouch. E não mesmo. Alguma coisa teria de acontecer depois daquilo, pensei. O cara não ia cair de avião e sobreviver à toa. Talvez hajam mesmo males que vem para o bem e tal... mas não pensei em nada especificamente. De qualquer jeito, fiquei horas babando naquelas fotos de ele saindo do hospital - os hematomas ainda não completamente curados - carregando a filhinha dele.
Aí me disseram que os três amigos tinham voltado a se falar por causa disso. Lindo. Ok. Que bom, tinham reconhecido o valor da amizade!
Mas, cara... nunca ousei pensar que talvez um dia... Blink ressurgiria das cinzas.
Oh, meu Deus. Isso é tão³ legal! Tão legal, tão legal!
Okay. vocês entederam o que eu quis dizer. De qualquer modo, metade do mundo deve estar soltando foguetes no meio da rua desde ontem.

Enfim... boa sorte na nova antiga jornada, meninos. E obrigada, em nome de todos os fãs, ouvintes e humildes admiradores, por terem voltado. Sim, sim. Isso significa muito, podem acreditar <3